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NOTA DE REPÚDIO CONTRA A DIRETORIA DA CAGEPA
Fomos surpreendidos com tais descontos, os quais, segundo
apuramos, são decorrentes da GREVE de 52 dias realizada pela categoria, entre
os meses de junho e julho deste ano, para defender melhores condições de
trabalho aos funcionários deste patrimônio do povo paraibano que é a Cagepa.
A irresponsável atitude da gestão da Companhia deve ser
tratada como prática antissindical e como prova incontestável de todas as
denúncias que os trabalhadores têm feito sobre o assédio moral que sofrem
dentro da empresa.
Os gestores sequer tiveram o cuidado de observar quem estava
sofrendo os “descontos por falta”, punindo, inclusive, funcionários que não
participaram da greve, em que pese a grande adesão da categoria em todo Estado,
com exceção de João Pessoa, onde o sindicato local, mais uma vez, preferiu o
caminho fácil dos acordos de gabinete ao invés de investir na organização e
conscientização de classe.
A greve inicialmente fora julgada legal pela Justiça, mas a
Cagepa, não satisfeita, recorreu ao pleno do Tribunal Regional do Trabalho (TRT),
que taxou o movimento de abusivo e autorizou a empresa a descontar os dias
parados. Diante disso, o STIUPB entrou com recurso, e o processo ainda está em
análise do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, pois temos certeza
de que cumprimos todos os requisitos legais desde a deflagração da greve até o
seu desfecho.
É bom ressaltar que essa mesma austeridade da direção da
Companhia não existe em processos que também estão tramitando no TST. Por que a
Cagepa não cumpre com a mesma presteza a decisão do TST que a obriga a demitir
os cargos comissionados? Por que não paga os valores decorrentes dos processos
dos Tíquetes, que os trabalhadores já ganharam e que já está tramitado em
julgado?
Esperamos que este ato abrupto, vil, sorrateiro e covarde
perpetrado pela Diretoria da Cagepa seja revertido via medida cautelar e
incontinente, haja vista que tal ato é político e em nada guarda relação com o
movimento de cinco meses atrás. Este ato covarde foi executado meses após o
fato gerador e apenas após o período eleitoral para que a indignação da
categoria não respingasse nos ocupantes de plantão do Governo do Estado, além
de estar em uma total afronta à CLT.
Ao final, temos a certeza de que a verdade virá à tona e de
que venceremos mais esta batalha.
(Da redação com Ascom-Situpb)