Manifestação chegou a reunir 10 mil pessoas por volta das
15h30, diz PM. Grupo pediu impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Um
ato contra a presidente Dilma Rousseff chegou a reunir 10 mil pessoas na
Avenida Paulista às 15h30 deste sábado (15), segundo o coronel da Polícia
Militar Glauco Carvalho. A manifestação, que reivindicava, entre outras coisas,
o impeachment da presidente, começou às 14h e fechou a avenida em dois
momentos. O desfecho da passeata foi na Catedral da Sé, por volta das 18h.
O
ato, que ocorreu de maneira pacífica, foi organizado nas redes sociais e chegou
a ter 149 mil confirmações em um evento criado no Facebook. Os manifestantes se
concentraram no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP) e, depois de
fechar a Paulista das 15h30 às 16h35, tomaram todas as pistas da Avenida
Brigadeiro Luís Antônio sentido Centro. As informações são da Companhia de
Engenharia de Tráfego (CET).
Segundo
a PM, entre 6 mil e 8 mil pessoas seguiram pela Brigadeiro. Os demais
permaneceram no vão livre do MASP e, às 17h, entre 1,5 mil e 2 mil pessoas
voltaram a ocupar a Avenida Paulista e a Consolação rumo à Sé. A Paulista foi
totalmente fechada mais uma vez, das 17h às 17h30.
Um
outro grupo com cerca de 100 pessoas, segundo o coronel Carvalho, responsável
pelo policiamento do ato, caminhou até o Comando Militar do Sudeste, próximo ao
Parque do Ibirapuera. Eles pediam intervenção militar, de acordo com o oficial.
Renan
Santos, de 30 anos, empresário e coordenador do Movimento Brasil Livre, foi um dos organizadores da manifestação e
representava uma ala menos radical na passeata. "Não estamos pedindo
impeachment ou intervenção militar. Queremos a investigação do caso 'petrolão',
do caso dos Correios. Caso comprovada a relação da presidente com esses
escândalos, podemos pedir o impeachment", disse ele. Apesar da afirmação
de Renan, muitos no local carregavam bandeiras com os dizeres "fora
Dilma" e "impeachment".
Crítica
de Lobão
O
cantor Lobão, que chegou a dizer que deixaria o Brasil caso Dilma Rousseff
fosse reeleita, mas depois voltou atrás, relatou em seu perfil oficial no
Twitter que foi à manifestação. No entanto, ele afirma que deixou o vão do
Masp, ponto de encontro do ato, após se deparar com dizeres pedindo intervenção
militar.
"Tô
fora! Não sou moleque, nem o povo brasileiro! Gente, não compactuem com essa
imoralidade!", disse. "Estou aqui nos arredores da Paulista
aguardando alguma notícia para retornar, mas estão distribuindo panfletos com
SOS Forças Armadas".