Dos
assassinatos de jornalistas ocorridos de 2004 a 2013, segundo a pesquisa do Comitê
para a Proteção dos Jornalistas, não houve condenação em 333 dos casos
Pelo
menos 370 jornalistas foram assassinados na última década em retaliação direta
a seu trabalho, e 90% dos criminosos não foram punidos, de acordo com as
estatísticas do Comitê para a Proteção dos Jornalistas em seu relatório sobre
impunidade a crimes cometidos contra profissionais de imprensa.
“A
falta de justiça em centenas de assassinatos de jornalistas em todo o mundo é uma
das maiores ameaças à liberdade de imprensa atualmente”, alerta a organização.
“Enquanto a atenção internacional para a questão aumentou na última década,
houve pouco progresso em diminuir os índices de impunidade. Os governos
precisam demonstrar mais vontade política em cumprir os compromissos
internacionais para que haja um impacto nos altos índices de violência que os
jornalistas enfrentam rotineiramente”.
Dos
assassinatos de jornalistas ocorridos de 2004 a 2013, segundo a pesquisa do
CPJ, não houve condenação em 333 dos casos. Em 28 deles, houve punição parcial
– alguns dos suspeitos foram condenados, mas outros continuam livres. Em apenas
nove casos todos os autores do crime, incluindo seu mandante, foram condenados.
O Brasil aparece em dois destes casos: o de Samuel Romã, morto em 2004, e o de
Luiz Carlos Barbon Filho, assassinado em 2007.
O
relatório completo em português pode ser acessado aqui. (Da redação com o Observatório da Imprensa)