A Band realizou, na noite deste domingo (10) o primeiro debate do segundo turno com os candidatos à Presidência da República Foto: Nelson Almeida/AFP |
(Extra Online) A 20 dias das eleições do segundo turno, o primeiro debate entre os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), neste domingo, na Band, foi marcado por ataques e acusações acaloradas de lado a lado. Legalização do aborto, casos de corrupção, segurança pública e privatizações foram alguns dos temas postos em discussão.
Em vários momentos, Serra acusou Dilma de ter “duas caras”, sobretudo por, segundo ele, ter mudado de posição em relação à legalização do aborto. O tucano provocou a petista alegando que ela teria dito, primeiro, que era a favor, tendo mudado de opinião posteriormente, devido à repercussão negativa
Dilma rebateu e chamou o tucano de “Mil Caras”, acusando-o de ter um discurso hipócrita. A petista disse que Serra, quando ministro da Saúde, regulamentou dispositivos permitindo o aborto em hospitais público em dois casos: quando há risco de vida contra a mãe e quando há estupro.
O tema privatizações também serviu de munição:
-O (ex-presidente) FH disse, à revista Veja, que o Serra foi um dos que mais defenderam a privatização da Vale — disse Dilma.
-A Dilma, para a Istoé, elogiou o sistema de privatizações do setor de telecomunicações -disse Serra.
Serra tocou nas denúncias envolvendo a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, que tinha sido, antes, braço direito de Dilma. A petista reba- teu, acusando um assessor do tucano — o engenheiro Paulo Vieira de Souza — de ter fugido com R$ 4 milhões da campanha presidencial de Serra.
No último bloco, Dilma e Serra explicaram por que querem ser presidentes do Brasil:
-Vou ser uma presidenta com olhar social - disse Dilma.
-Eu posso oferecer a minha biografia, uma biografia limpa - disse Serra.