Sob suspeita de falsificação em assinaturas do governador Maranhão, presidente da CCJ devolve mensagem que cria subsídios dos Militares da PB
"Isso é um fato muito grave e precisa ser apurado"
(Pb Hoje) O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa da Paraíba, deputado estadual Zenóbio Toscano (PSDB), anunciou na tarde desta segunda-feira (25), que vai devolver à Mesa Diretora do Poder Legislativo as três mensagens do governo do estado que criam subsídios para as categorias dos militares estaduais. Zenóbio justificou que há fortes indícios de falsificação das assinaturas em rubrica do governador Zé Maranhão.
O presidente da CCJ da Assembleia Legislativa relatou que o Palácio da Redenção oficializou a entrega dos três Projetos de Leis Ordinárias, na noite da última terça-feira (19), em fotocópias, e que somente no dia seguinte, ou seja, na quarta-feira (20), foram entregues os originais.
Analisando as mensagens, uma em fotocópia, e os originais, o deputado Zenóbio e sua assessoria constataram que as assinaturas apostas são, segundo o parlamentar “flagrantemente diferentes”, o que levanta forte suspeita de falsificação. “Nós verificamos que existe falsificação da rubrica do governador do Estado. Achamos que isso é um fato muito grave e que precisa ser apurado”, reforçou o presidente da CCJ da Assembleia Legislativa.
Zenóbio acrescenta ainda que além da suspeita de falsificação das assinaturas em rubrica, do governador Maranhão, também está constatado que as fotocópias das mensagens não são dos originais dos projetos.
Diante da constatação Zenóbio Toscano revelou que antes de analisar o mérito, a juridicidade e a constitucionalidade assinou despacho devolvendo as mensagens ao presidente interino da Assembleia Legislativa, deputado João Henrique ( DEM).
- Nós solicitamos ao presidente que sejam feitos exames grafotécnicos e constatadas as irregularidades, que eu tenho certeza que serão confirmadas porque a falsificação pode ser vista a olho nu, o mesmo determine o envio de toda documentação a Policia Federal e ao Ministério Público Federal e Estadual para que esses órgão tomem as providências cabíveis., disse Zenóbio.