Não
houve votação para determinar fim da paralisação. Grupo de PMs e bombeiros
estão insatisfeitos com a decisão
Na manhã desta quinta-feira, desembarcaram no Recife efetivos da Força Nacional de Segurança e do Exército Brasileiro para garantir a segurança da população (Foto: Guga Matos) |
Iniciada na segunda-feira, a greve dos bombeiros e
policiais militares chegou ao fim na noite desta quinta-feira. A decisão foi
tomada por imposição da comissão de lideranças do movimento, sem votação entre
a categoria, que se concentrou em frente ao Palácio do Campo das Princesas,
sede do Governo Estadual, na área central do Recife. Um grupo de PMs não
aceitou a decisão e afirmou que a greve não acabou, além de acusarem os líderes
de covardes. A paralisação foi decretada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco
na manhã desta quinta.
A
orientação repassada pela comissão é que os profissionais vão às ruas assim que
chegarem aos respectivos quartéis. De acordo com Joel da Harpa, um dos líderes
do movimento, a paralisação mostrou a importância da corporação à sociedade e
mostrou que os resultados positivos do Programa Pacto Pela Vida dependem do
trabalho desses profissionais. "Bastou um dia a PM não funcionar que a
situação mudou. Em janeiro, a PM tem minha garantia de que irei em busca de reajuste
salarial da categoria, porque este ano não há essa possibilidade",
afirmou.
Acordo
entre militares e governo garantiu atualização do plano de cargos e carreiras,
incorporação ao soldo da gratificação por risco de morte no valor de R$ 500 e
negociação de aumento salarial a partir de janeiro de 2015.
O Grande Recife viveu cenas de guerra ontem e hoje,
com saques a lojas, assaltos e mortes. Nessa quarta-feira, o governador João Lyra
Neto solicitou ao Governo Federal apoio e, na manhã desta quinta-feira,
desembarcaram no Recife efetivos da Força Nacional de Segurança e do Exército
Brasileiro para garantir a segurança da população. (Fonte: JC Online)