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A
bola chegou a rolar para o duelo entre Joinville e Portuguesa, pela primeira
rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, mas, ainda com 16 minutos do
primeiro tempo, uma determinação da Justiça obrigou com que o confronto fosse
paralisado na Arena. Sendo assim, sob vaias da torcida presente, a arbitragem
chamou as duas equipes e a partida foi interrompida.
O
fato ocorreu por causa de uma liminar concedida pela 3ª Vara Cível de São Paulo
nesta quinta-feira, que anulava a decisão do STJD na qual a Portuguesa perdeu
quatro pontos por causa da escalação de um jogador irregular e acabou sendo
rebaixada para a segunda divisão. Com a novidade, o clube do Canindé não
poderia iniciar a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro.
Questionado
sobre o ocorrido, o delegado do jogo foi claro: “A liminar não foi cassada. A
Portuguesa quer que pare o jogo. O filho do presidente (Ilídio Lico) trouxe
aqui (a liminar) e quer que pare o jogo”. O discurso foi endossado pelo
treinador rubro-verde: “Mandaram parar o jogo. Estou cumprindo a determinação”,
completou o treinador da Lusa.
Sem
aceitar a ordem, o time do Joinville permaneceu no gramado e foi surpreendido com
mais uma determinação, desta vez por parte da CBF. O presidente do clube
catarinense, Nereu Martinelli, entrou no gramado e comunicou ao delegado da
partida que, por telefone, um comunicado da entidade responsável pelo futebol
brasileiro indicava a continuidade do duelo.
Apesar
da segunda ordem, o time da Portuguesa permaneceu nos vestiários, indicando que
não voltaria para o confronto. O Joinville, por sua vez, seguiu no campo de
jogo, evitando assim com que a partida fosse cancelada. Para o advogado do
clube catarinense, no entanto, o clube do Canindé pode ser prejudicado com esta
ação, perdendo os pontos do duelo.
“Eles
querem se beneficiar disso. A Lusa tirou os jogadores de campo e só quem tem a
perder é o futebol brasileiro. Ela não pode abandonar a partida. O Joinville
continua. Se não tiver adversário, nós ganhamos a partida. Não deveria ter
entrado em campo. Se entrou, não pode sair, tem que esperar a resolução na
Justiça”, explicou Roberto Pugliese, advogado do Joinville.
Sem
mudar sua postura, a Portuguesa seguiu nos vestiários até que a arbitragem
também deixou o gramado, indicando que a partida estava encerrada. De acordo
com o treinador Argel Fucks, o time rubro-verde apenas cumpriu uma ordem de
seus superiores. “Eu sou funcionário do clube, foi uma decisão do presidente e
do departamento de futebol e eu apenas tenho que acatar”. (GazetaEsportiva)