Pedido de investigação foi protocolado na última
quinta-feira(25) pelo Fórum dos Servidores do Estado.
Procurador Bertrand Asfora, quer celeridade na investigação
Foto: Divulgação
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Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade Administrativa (Ccrimp) do
Ministério Público da Paraíba (MPPB) vai investigar a denúncia de supostos
pagamentos de propina a secretários de Estado da Paraíba, em 2011. O pedido de
investigação, protocolado na última quinta-feira pelo Fórum dos Servidores do
Estado, foi remetido à Ccrimp na manhã de sexta-feira (26) e deve ficar a cargo do
coordenador José Raldeck. A expectativa do procurador-geral de Justiça,
Bertrand Asfora, é que a investigação seja concluída o mais rápido possível.
A
comissão deve investigar, por exemplo, por que o procedimento não prosperou em
2011, fato exposto em uma nota publicada pelo governo do Estado.
Bertrand
afirmou que por enquanto nenhuma das pessoas envolvidas no suposto esquema prestou
esclarecimentos. Também não houve contato com o governador do Estado, Ricardo
Coutinho, ou com o secretário de Estado da Segurança e Defesa Social, Cláudio
Lima. Em nota divulgada na última quinta-feira, o governo do Estado afirma que
ainda em 2011 o MPPB tomou conhecimento das denúncias, por determinação do
governador Ricardo Coutinho.
NOTA
Em
nota divulgada ontem, a Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de
Polícia da Paraíba (Adepdel) garante que durante o transcorrer dos fatos denunciados
os delegados de Polícia Civil não sofreram qualquer tipo de pressão por parte
das autoridades constituídas.
Segundo
a nota, os delegados fizeram uma escolha, “que é sempre agir com legalidade e
ética, independente da cor partidária do chefe do Executivo”.
DINHEIRO
APREENDIDO
Nas
denúncias, são citados vários delegados, e exemplo de Daniella Vicuuna (gerente
executiva de Polícia Civil Metropolitana), Ramirez de Almeida, Aldrovilli
Grisi, Marcos Paulo Vilela, Dulcineia Costa, Cláudio Lameirão (presidente da
Adepdel) e Steferson Nogueira (diretor da Adepdel). O pedido é para que o MPPB
apure a denúncia.
OPERAÇÃO
Em
junho de 2011, durante uma operação realizada pela Delegacia de Repressão a
Entorpecentes (DRE), em João Pessoa, em uma abordagem a um veículo, os
policiais civis apreenderam R$ 81 mil, além de um papel com inscrições
posteriormente interpretadas pela investigação como sendo siglas para os nomes
do procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro; da secretária de Estado da
Administração, Livânia Farias; da então superintendente da Emlur, Laura Farias;
além do irmão do governador, Coriolano Coutinho.
A
denúncia teria sido “abafada” por determinação do governador Ricardo Coutinho e
o procedimento arquivado por determinação do então secretário executivo da
Seds, Raymundo José Araújo Silvany. (Com o JPOnline)