Servidores da Cagepa de Guarabira também cruzam os braços com tenda armada em frente a sede regional (Foto: Plugados) |
Mais
de dois mil trabalhadores da Cagepa entraram em greve na manhã desta
segunda-feira (16) no Estado
Após
a falta de avanço nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT)
2014/2016, mais de dois mil trabalhadores da Cagepa entraram em greve por tempo
indeterminado em todo o Estado (exceto João Pessoa) na manhã desta
segunda-feira (16).
Em
Campina Grande, no R2 da empresa no Centro, a greve começou nas primeiras horas
da manhã e conta com mobilização na porta da empresa com utilização de carro de
som, faixas, bandeiras e discursos de lideranças do sindicato, o movimento
começou às 07h.
Sede da Cagepa Regional do Brejo - Guarabira (Foto: Plugados) |
Na
quarta mesa redonda, que ocorreu na semana passada, na sede do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) em Campina Grande, a direção da Cagepa ofereceu
reajuste salarial de 6,54% e ticket alimentação de R$ 630,00. Em contrapartida,
propôs que o trabalhador arque, agora, com 6,54% do reajuste de 8,5% do plano
de saúde e não mais com 5%. A proposta da empresa foi prontamente rejeitada
pelo Stiupb. “Esses valores estão muito abaixo do que reivindicamos. A empresa
dá com uma mão e tira com a outra, aumenta o reajuste salarial para 6,54%, mas
também aumenta o repasse do plano de saúde para os trabalhadores”, afirmou
Wilton Maia.
Em
busca de um acordo com a empresa, o Stiupb mudou as reivindicações, que
inicialmente eram reajuste salarial de 15% e aumento de 27% no Ticket
Alimentação. Na nova proposta de ACT 2014/2016, a categoria propôs: reajuste de
6,57% no salário; ticket alimentação de R$660; abono salarial de R$400 mensais
da Faixa Salarial 1 (FS1) até a Faixa Salarial 5 (FS5), R$250 de abono mensal
na FS6, FS7 e FS8, FS8.1 e FS8.2 abono de R$ 150 nos salários e na FS8.3 abono
de R$50.
Em
relação ao Plano de Saúde, o sindicato propôs que, para quem ganhe até 4
salários mínimos a Cagepa pague 70% do valor do plano, de 4,1 a 10 salários mínimos
arque com 60%, de 10,1 a 15 salários mínimos 30%, acima de 15 salário pague 20%
do plano de saúde.
Com
a greve, todos os setores da empresa estão parados (leitura, corte, instalação,
atendimento e inspeção), exceto a distribuição de água.
Uma
nova mesa redonda com a direção da empresa está marcada para a próxima
quarta-feira (18), às 15h, na sede do MTE em Campina Grande. (da redação com Ascom- Stiupb)