A
governadora em exercício, Fátima Bezerra Cavalcanti, abriu, nessa terça-feira
(25), os debates sobre a participação da mulher na política. O encontro foi
realizado no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba
(OAB-PB). Na ocasião, Fátima Bezerra Cavalcanti defendeu a presença das
mulheres na política. “É importante o aumento da participação das mulheres na
política, em cargos de decisão e cargos de comando, seja no congresso ou nos
parlamentos estaduais e municipais. As mulheres precisam reagir porque possuem
a mesma competência, a mesma disposição de trabalhar e com um algo a mais, que
é a sensibilidade e a organização características femininas”, destacou.
O
evento foi promovido pela Associação Brasileira das Mulheres de Carreira
Jurídica (ABMCJ/PB). De acordo com a governadora em exercício, esse é um
momento histórico em que as mulheres de destaque na política e na magistratura
se juntam para refletir sobre as cotas partidárias das mulheres na política. “O
Brasil está perdendo muito em não ter mais mulheres na política e também nas
cortes superiores da magistratura”, completou Fátima Bezerra Cavalcanti.
A
presidente da Associação, Ivan Kurisu, entende que o tema escolhido, sobre a
participação da mulher na política é amplo e que o debate deve ser constante
para fortalecer o empoderamento da mulher, principalmente agora, com a
proximidade de mais um pleito eleitoral para escolha de presidente da
República, senadores e deputados. “Podemos refletir aqui sobre o não preenchimento das cotas
partidárias garantidas para as mulheres no nosso ordenamento jurídico [30% para
mulheres e 70% para os homens], a questão da indicação partidária da mulher e
financiamento da campanha”.
A
chefe de gabinete do governo do Estado, Estela Bezerra, afirmou que a discussão
das cotas dentro da reforma política pode gerar muito mais qualidade em relação
à participação das mulheres se houver uma fórmula como listas fechadas e
diferenciadas entre homens e mulheres para equilibrar a disputa e fazer com que
o Brasil, que tem uma população formada por 52% de mulheres, tenha uma
participação mais proporcional e não apenas 9% como ocorre hoje. “Isso se dará
com uma ampla reforma política e com o aprimoramento da política de cotas”,
observou.
Estela
ainda acrescentou que também existe um problema cultural na própria
participação, nas candidaturas partidárias de 30% e que ocorre pelo pouco
estímulo de participação política e pelas barreiras que existem na sociedade
como a disponibilidade maior do homem de se dedicar à vida pública, enquanto a
mulher tem que conciliar a vida pública e a vida doméstica, que ela não
consegue se distanciar. “Esse é um contexto que dificulta a participação das
mulheres na vida pública. Isso pode ser superado com mudanças na legislação e
um processo de mudança de cultura”, explicou. (Fonte: Secom-Pb)