Diretor
da Malaysia Airlines disse que não há sobreviventes. Governo da Malásia admitiu
que avião caiu no Oceano Índico.
Mulher passa mal após saber que todos os passageiros do voo estão mortos (AP) |
"Após
17 dias e baseados nas evidências, temos que aceitar a dolorosa realidade da
perda do voo MH370 e que não há sobreviventes", afirmou Nor Yusof, diretor
da companhia aérea, em entrevista coletiva em Kuala Lumpur.
Ahmad
Jauhari Yahya, executivo-chefe da Malaysia Airlines, reafirmou que as
"evidências" indicam que o avião desaparecido caiu no sul do Oceano
Índico, mas ainda não foi confirmada a identificação dos destroços da aeronave.
"Este
foi um evento sem precedentes, seguido de uma resposta sem precedentes.
Continuaremos as buscas e as investigações até encontrar o avião", disse o
diretor, ao reforçar "o grande desafio" que representa recuperar os
destroços da aeronave que supostamente caiu em uma área remota do Oceano
Índico.
Nesta
terça-feira, as autoridades australianas que coordenam as buscas no vetor sul
suspenderam a operação devido ao mau tempo no local onde são feitos os
trabalhos, a cerca de 2,5 mil quilômetros ao sudoeste da cidade australiana de
Perth.
"O
processo de recuperação do MH370 será muito complexo", disse Ahmad na
capital malaia.
As
autoridades da Malásia reiteraram seu apoio e seu pesar às famílias das vítimas
e informaram que fizeram tudo o que foi necessário para que soubessem da
"tragédia" por eles, e não pela imprensa.
O
diretor da Malaysia Airlines se desculpou assim pelas críticas dos familiares
que conheceram a má notícia através de uma mensagem de texto enviada para seus
telefones celulares.
"Não
sabemos o motivo, não sabemos como ocorreu essa tragédia", declarou o
executivo-chefe após garantir que as investigações prosseguirão até que se
descubra o que realmente aconteceu.
O
voo MH370 saiu de Kuala Lumpur com 239 pessoas a bordo rumo a Pequim na
madrugada do dia 8 de março e desapareceu dos radares civis da Malásia cerca de
40 minutos depois da decolagem.
O
exame dos dados de radares e satélites levou os investigadores a concluir que o
avião deu a volta e voou até o Estreito de Malaca.
No
avião estavam 153 chineses, 50 malaios (12 deles tripulantes), sete indonésios,
seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos, dois
neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, um russo, um holandês, um
taiwanês e dois iranianos que embarcaram com passaportes roubados de um
italiano e de um austríaco.
"Este
é um dia triste e trágico para todos nós", sentenciou o diretor da
Malaysia Airlines. (Fonte: G1)