“Eu não aguento mais essa situação. Estou me sentindo uma prisioneira. Já larguei meus estudos, não saio mais de casa; vivo com medo o tempo todo. Já não vivo mais.” Foi o que declarou Lidiane Matias de Oliveira, de 29 anos de idade, raptada na tarde deste domingo, 22 de dezembro, na cidade de Belém, região do Agreste paraibano.
A jovem estava no quarto da residência onde mora com a mãe, na Rua Padre Aprígio, em Belém, quando o agressor identificado apenas como Márcio, invadiu a casa e arrastou para fora. “Ele me arrastou pelos cabelos e saiu me levando.” Declarou a vítima. Testemunhas relataram que a jovem foi levada a força enquanto pediu para que ele a soltar. O homem a arrastou pela cidade por mais de 500 metros, até entrar em um matagal por onde seguiu com a vítima.
Populares se juntaram e com a ajuda da Polícia e perseguiram os dois. Lidiane contou que depois de ser arrastada por mais de 1 km, ele disse que haviam pessoas lhes seguindo. Foi quando resolveu soltar a vítima e fugir para uma mata. Lidiane foi encontrada com vários arranhões pelo corpo. “Ele me disse que sabia que ia ser preso, mas que aquilo seria o fim. Depois me disse que iria me jogar em um açude.” Declarou.
Lidiane disse que já há várias ocorrências registradas na delegacia da cidade e que não sabe o que a Justiça está esperando. “Não sei o que a polícia e a justiça estão esperando. Será que estão esperando ele me matar para poder fazer alguma coisa?” Desabafou a mulher que como tantas outras, vive o drama de ser ameaçada diariamente por ex-companheiros.
A vítima foi conduzida para a delegacia plantonista de Solânea para ser ouvida pela autoridade competente. O acusado até o fechamento da matéria não havia sido localizado.
(Com o blogdomago)