A ex-senadora Marina Silva, que obteve cerca de 20 milhões de votos no primeiro turno da eleição presidencial do ano passado, anunciou na quinta-feira sua desfiliação do PV, em meio a embates com o comando do partido e insatisfação com o curso tomado pela legenda.
Ela fez o que chamou de "discurso por uma nova política". "Chegou a hora dos que querem viver num país melhor", disse Marina em meio a críticas ao PV e ao atual sistema político brasileiro, que dificultaria a participação das pessoas.
"Esta é a razão de porque eu e tantos companheiros estamos nos afastando do Partido Verde ... alguns estão se desfiliando, outros estão se licenciando e outros estão ficando (no partido) criticamente".
"Fomos para avenida e não fizemos feio", disse ela sobre os votos que conquistou, mas desconversou sobre uma possível candidatura para 2014. Quando perguntada, disse "não sei", acrescentando que não quer ficar "engessada".
Porém, o deputado federal Alfredo Sirkis (RJ) afirmou à Reuters que esse é um objetivo. "Mas ele não será decidido agora." Sirkis renunciou à vice-presidência do partido e está se licenciando das atividades partidárias, embora siga filiado.
A saída da ex-senadora veio depois de desentendimentos com o presidente do PV, José Luiz Penna, no cargo há mais de uma década, que teria se recusado a chamar uma convenção para rever a liderança do partido após a eleição presidencial e reformular o conteúdo programático da legenda, como pediam a ex-senadora e outros dissidentes, também chamados de "marineiros".
Sirkis disse não saber quantos membros do PV devem desfiliar-se. Líder histórico do partido, Fernando Gabeira, permanecerá na legenda.
"Nós não pedimos a Lua", disse Sirkis, referindo-se às reivindicações do grupo, que incluiriam eleições para os conselhos municipais e mudança do estatuto para promover eleições a cada dois anos, por exemplo.
Ele definiu o movimento não como um "racha", mas um "desbordamento", afirmando que o partido não soube o que fazer com os votos que recebeu. "Ficaram todos olhando para seus umbiguinhos, e seus umbiguinhos são muito pequenos", disse.
Em nota oficial, o PV negou estar resistente a mudanças.
"Não nos recusamos, em momento algum, a efetivar aperfeiçoamentos nas regras que moldam o funcionamento de nosso partido", afirmou a Executiva Nacional.
"O Partido Verde lamenta muito essa falsa polêmica artificialmente inflada sobre a falta de democracia interna, que tem gerado distorções injustas na imprensa brasileira", acrescentou.
O primeiro "ato" público do novo grupo reuniu cerca de 400 pessoas em um auditório da Vila Madalena, em São Paulo, para o lançamento do chamado "Movimento Verde de Cidadania", que buscará mobilizar os eleitores de Marina pelas redes digitais e também em níveis municipal e estadual. O evento foi transmitido ao vivo pela Internet.
Além da ex-ministra do Meio Ambiente, que deixou o PT para se juntar ao PV há quase dois anos, desligaram-se da legenda o empresário Guilherme Leal, vice de Marina na campanha, o candidato ao Senado por São Paulo, Ricardo Young, e o ex-coordenador da campanha presidencial, João Paulo Capobianco, entre outros.
Ela fez o que chamou de "discurso por uma nova política". "Chegou a hora dos que querem viver num país melhor", disse Marina em meio a críticas ao PV e ao atual sistema político brasileiro, que dificultaria a participação das pessoas.
"Esta é a razão de porque eu e tantos companheiros estamos nos afastando do Partido Verde ... alguns estão se desfiliando, outros estão se licenciando e outros estão ficando (no partido) criticamente".
"Fomos para avenida e não fizemos feio", disse ela sobre os votos que conquistou, mas desconversou sobre uma possível candidatura para 2014. Quando perguntada, disse "não sei", acrescentando que não quer ficar "engessada".
Porém, o deputado federal Alfredo Sirkis (RJ) afirmou à Reuters que esse é um objetivo. "Mas ele não será decidido agora." Sirkis renunciou à vice-presidência do partido e está se licenciando das atividades partidárias, embora siga filiado.
A saída da ex-senadora veio depois de desentendimentos com o presidente do PV, José Luiz Penna, no cargo há mais de uma década, que teria se recusado a chamar uma convenção para rever a liderança do partido após a eleição presidencial e reformular o conteúdo programático da legenda, como pediam a ex-senadora e outros dissidentes, também chamados de "marineiros".
Sirkis disse não saber quantos membros do PV devem desfiliar-se. Líder histórico do partido, Fernando Gabeira, permanecerá na legenda.
"Nós não pedimos a Lua", disse Sirkis, referindo-se às reivindicações do grupo, que incluiriam eleições para os conselhos municipais e mudança do estatuto para promover eleições a cada dois anos, por exemplo.
Ele definiu o movimento não como um "racha", mas um "desbordamento", afirmando que o partido não soube o que fazer com os votos que recebeu. "Ficaram todos olhando para seus umbiguinhos, e seus umbiguinhos são muito pequenos", disse.
Em nota oficial, o PV negou estar resistente a mudanças.
"Não nos recusamos, em momento algum, a efetivar aperfeiçoamentos nas regras que moldam o funcionamento de nosso partido", afirmou a Executiva Nacional.
"O Partido Verde lamenta muito essa falsa polêmica artificialmente inflada sobre a falta de democracia interna, que tem gerado distorções injustas na imprensa brasileira", acrescentou.
O primeiro "ato" público do novo grupo reuniu cerca de 400 pessoas em um auditório da Vila Madalena, em São Paulo, para o lançamento do chamado "Movimento Verde de Cidadania", que buscará mobilizar os eleitores de Marina pelas redes digitais e também em níveis municipal e estadual. O evento foi transmitido ao vivo pela Internet.
Além da ex-ministra do Meio Ambiente, que deixou o PT para se juntar ao PV há quase dois anos, desligaram-se da legenda o empresário Guilherme Leal, vice de Marina na campanha, o candidato ao Senado por São Paulo, Ricardo Young, e o ex-coordenador da campanha presidencial, João Paulo Capobianco, entre outros.
Terra/Reuters