Mesmo com perdas, categoria pede piso de R$890, mais GED de 35%
Prefeita deverá acionar a justiça para pedir fim da greve
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Reunidos em assembleia, na tarde desta quarta-feira (27/07), os mais de 100 professores que lotaram a galeria da câmara de Guarabira, decidiram, em relação ao piso, que não concordam com a proposta apresentada pela prefeita Fátima Paulino. E, mesmo com perdas, enviaram uma contraproposta para apreciação da líder maior do executivo guarabirense.
O salário base atual do professor do município de Guarabira é de R$ 673, mais GED (Gratificação por Estímulo à Docência – antigo pó de giz) de mais ou menos R$ 336 – o que equivale a R$ 1.009. O Ministério da Educação, através de uma Lei federal concedeu um piso de R$ 1.187, acostando a GED de 50% chegaria a um valor de cerca de RS 1.590. A prefeita propôs uma base de R$ 895, porém abateu a GED para 20%, o que daria um piso de R$ 1.074 – o qual foi descartado por unanimidade pela assembleia, que por sua vez decidiu, mesmo tendo prejuízos, como disse o sindicato, emitir uma contraproposta na proporcionalidade de R$ 890, mais uma GED igual 35%, em vez de 50% - o que chega a dar um numerário de R$ 1.200/mês.
Informações dão conta de que a prefeita Fátima já reagiu, e que deverá acionar a justiça pedindo a ilegalidade da greve.
Em um movimento considerado suprapartidário, não foi visto nenhum representante do poder executivo, mas por outro lado, o professor André Santos (presidente do sindicato docente) agradeceu aos quatro vereadores que se achavam presentes: dois da situação (O presidente da câmara, Chico Mala e o líder da prefeita, Zé Ismai) e mais dois da oposição (Lula das Molas e Beto Meireles).
Durante a discussão referente a queda da gratificação para 20%, o vereador Lula das Molas, como representante do povo que é, se manifestou contra alegando que só votará, quando a matéria chegar à câmara, se a prefeita fechar a GED acima de 30%. O presidente do partido verde guarabirense foi bastante ovacionado pelos docentes.