Sem reajuste de 7,72%, governo concederá abono
Um abono de 6,14% poderá ser concedido aos aposentados que ganham acima de um salário mínimo, caso o presidente Lula vete o reajuste de 7,72% aprovado pelo Senado. Segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o presidente Lula está “inclinado” a vetar a proposta que passou pelo parlamento.
Um abono de 6,14% poderá ser concedido aos aposentados que ganham acima de um salário mínimo, caso o presidente Lula vete o reajuste de 7,72% aprovado pelo Senado. Segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o presidente Lula está “inclinado” a vetar a proposta que passou pelo parlamento.
– O compromisso do governo era 7%. Como o Congresso extrapolou, não há como fazer voltar os 6,14%, a não ser pela forma de abono – disse Bernardo.
O percentual é o índice já concedido pelo governo desde janeiro. Mas ficaria para o próximo presidente a responsabilidade de resolver definitivamente a questão, já que abonos não podem ser incorporados aos vencimentos. Se vetar o projeto, o governo evita um rombo adicional de R$ 2 bilhões ao ano nas contas da Previdência.
– Como não teve acordo (com o Congresso), não se pode cobrar compromisso que não seja manter a nossa proposta. Foram para o tudo ou nada. Então, não temos mais compromisso – sustentou Bernardo.
Segundo o ministro, a proposta aprovada pelos parlamentares está “bem acima” do acordo feito entre o governo e os líderes do Congresso. Aprovado pelos senadores no dia 19 de maio, o projeto continua no Senado à espera de ser remetido à Casa Civil, de onde será despachado ao presidente. Só depois Lula poderá vetar ou não a medida, e tem até o dia 1º de junho para tomar uma decisão. (Diario de Brasilia Online)