O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) certamente não está já entrando na terça parte do recesso do Congresso Nacional de acordo com o que planejara. Aliás, pouco antes do Senado Federal formalizar a tradicional pausa nas atividades legislativas regulamentares, na segunda quinzena de dezembro passado, Cássio já estava envolvido numa missão pessoal para ele extremamente preciosa: dar assistência pessoal no tratamento de um câncer no pulmão a que se submete seu pai, o ex-governador Ronaldo Cunha Lima.
Tanto em São Paulo, onde passou mais de duas semanas, e em João Pessoa, onde vem cumprindo um rodízio entre o apartamento em Tambaú e o Hospital da Unimed, Ronaldo Cunha Lima vem contando sempre com a presença de Cássio que, com os irmãos e a mãe, Glória, se revezam em atenções à saúde do líder político.
Enquanto o senador tucano vai se envolvendo com o tratamento do pai, os fatos políticos vão se avolumando ao seu redor neste início de ano eleitoral, principalmente nas duas maiores cidades do Estado.
Em João Pessoa, a desistência de disputar a reeleição por parte do prefeito Luciano Agra (PSB) e sua substituição na briga sucessória pela secretária Estelizabel Bezerra, do Planejamento, ainda é alvo de muita discussão entre as forças aliadas. Compreendendo o momento de Cássio, várias lideranças - a exemplo do deputado estadual tucano João Gonçalves - não esconde a ansiedade para trocar ideias com o senador, mas dificilmente isso ocorrerá antes do carnaval.
Da mesma forma, em Campina Grande. Com a definição, pelo PMDB e, principalmente, pelo prefeito Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) pelo nome da secretária Tatiana Medeiros, da Saúde, para disputar a prefeitura nas eleições deste ano, os aliados do tucano estão ansiosos por reuniões com a liderança maior de oposoição na cidade. "Respeitamos esse instante de dedicação de filho de Cássio e deveremos conversar no momento certo", revela o deputado federal Romero Rodrigues, pré-candidato do PSDB à prefeitura campinense.
Com o blog do Marcos Alfredo