Imprensa esvazia comitê da câmara de Guarabira em sinal de protesto à membro do Ministério Público

Promotor insinuou que imprensa é culpada por não dá ênfase a problemática das  drogas _____

O comitê de imprensa da câmara municipal  de  Guarabira esvaziou-se na tarde-noite de terça-feira (12/04). Em sinal de revolta,  os jornalistas desligaram  os seus  gravadores,  microfones e  guardaram as  suas canetas, desligaram  a luz e computadores, e foram  para a frente da Casa de Osório de  Aquino.  Tudo  isso  porque, durante uma  sessão com Ministério  Público que abordava sobre o crack – o promotor Ricardo Medeiros enquanto a sua fala que tomou quase toda a sessão, insinuou que no tocante a problemática das drogas a imprensa não divulga com  ênfase. 

Doutor  Ricardo Medeiros (o segundo na foto acima - da direita para a esquerda) é o  mesmo  promotor,  que num passado não  muito  distante, durante o fechamento do SUS pelo hospital  Nossa Senhora da Luz  -, quando procurado pela imprensa teria  mandado  um recado a alguns repórteres dizendo o  seguinte : ‘Se  vocês (imprensa) pensam  que são malandros; nós (MP) somos mais malandros ainda’.  Já com  este  impasse entre  estes dois grandes setores de apelação  popular,  a promotora Ana Guarabira,  ainda afirmou em  seu discurso que o Ministério  Público é   o 4º Poder e a Imprensa é o 5º. Como se  o   MP tivesse uma guerra  fria com a Imprensa na briga pela  4ª posição, seqüenciando  o três oficiais poderes: Executivo, Judiciário e Legislativo.

O Ministério Público  foi provocado  em sessão anterior pelo  vereador de situação  Gerson do Gesso,  que disse ser o  referido  órgão omisso com as causas de Guarabira e região. O vereador convidou  o  MP  em sessão especial para tratar de questões pertinentes a população. Mas a sessão  teve uma mudança  de pauta, passando a  abordar  apenas as questões da droga Crack, e o trabalho do CAPS-AD de Guarabira.

Os vereadores de situação ficaram em silencio. Já na oposição,  só Beto Meireles falou, mais quando o caldo  estava engrossando  foi aparteado pelo  doutor  Ricardo, que logo após repassou  a  palavra a promotora Ana Guarabira,  abafando assim o  raciocínio de Meireles, que  somente  teve chance de continuar a sua  fala através dos microfones da Imprensa. O vereador Lula das Molas, não comungando com tal atitude do membro do MP – se retirou do plenário. E Justificou, no outro dia, na imprensa o motivo de sua saída. Lula disse que se sentiu entristecido com o que viu naquela sessão -  cujo mesmo, o seu colega Beto não teve direito  a voz dentro da sua  própria casa. "Reunião desta natureza, não vou  mais" - alertou