Aos
51 anos, o capitão do tetra volta ao cargo com a missão de recuperar a moral da
seleção brasileira após a goleada de 7 a 1 sofrida para Alemanha na Copa do
Mundo
A
CBF confirmou nesta terça-feira o retorno do técnico Dunga ao comando da
seleção brasileira, com a meta de resgatar a boa imagem da equipe após o vexame
na eliminação na Copa do Mundo de 2014 e para liderar o projeto visando o
Mundial de 2018. Em entrevista coletiva realizada na sede da entidade, no Rio
de Janeiro, Dunga foi apresentado pelo presidente José Maria Marin e pelo
coordenador-geral de seleções, Gilmar Rinaldi. Ele terá ao seu lado o auxiliar
Andrey Lopes, o Cebola, com quem trabalhou no Internacional.
"É
uma felicidade imensa essa minha retomada à frente da seleção. Vamos trabalhar
em conjunto com as categorias de base. Não podemos colocar essa Copa do Mundo
como terra arrasada, há coisas que podem ficar. A gente viu na Copa o quanto é
importante ter o talento, mas o planejamento também. O marketing é importante
no futebol moderno, mas o trabalho dentro de campo precisa sustentar o
marketing", afirmou Dunga, que reconheceu alguns erros no seu relacionamento
com a imprensa em sua primeira passagem pela seleção.
"Vocês
me conhecem, e dificilmente uma pessoa muda na ética, no trabalho. Mas sou ser
humano, sei que tenho que melhorar muito no contato com vocês jornalistas.
Talvez na minha primeira passagem, foquei muito no trabalho dentro de campo, e
os números estão aí para mostrar isso, tive 76% de aproveitamento. Mas tenho
que aprimorar meu relacionamento com a imprensa, é minha culpa. Estamos aqui
para iniciar um trabalho da melhor maneira possível, estamos prontos para
receber críticas e sugestões, desde que seja prol da seleção brasileira".
Aos
51 anos, o capitão do tetra volta ao cargo após a saída de Luiz Felipe Scolari,
que não teve o contrato renovado depois de a seleção ser goleada pela Alemanha
por 7 a 1, na semifinal da Copa, dando fim ao sonho do hexa em casa. Dunga
comandou o Brasil de 2006 até 2010 e dá continuidade à sequência de treinadores
gaúchos na seleção, fato que começou com ele próprio há oito anos.
Em
sua primeira passagem, Dunga foi anunciado como técnico da seleção logo após a
Copa de 2006. Durante quatro anos, ele disputou 60 jogos com o time principal,
obtendo 42 vitórias, 12 empates e seis derrotas, com 76,7% de aproveitamento
dos pontos.
Dunga
teve um início de trabalho contestado e acumulou algumas polêmicas e
desentendimentos com a imprensa, por causa de seu "pavio curto". As
críticas foram amenizadas e a equipe ganhou confiança com o título da Copa
América de 2007, na Venezuela, com vitória sobre a favorita Argentina na final. (Fonte: Espnbr)